Investidores do mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) voltam as suas atenções para as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que têm novo capítulo a partir de hoje. Ontem, os futuros de soja recuaram na CBOT sem grande expectativa de avanços nessas conversas.

"Investidores estão preocupados com as tensões comerciais entre EUA e China", disse a analista Ana Luiza Lodi, da INTL FCStone. A analista lembrou que os dois países têm reunião em Washington hoje e na quinta-feira e que as conversas ocorrem em meio à acusação formal dos EUA contra a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, presa no Canadá por violação da sanção contra o Irã, e ao processo da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra tarifas impostas pelos EUA. "Por mais que dois países estejam conversando não parece que uma solução está próxima." EUA e China estão em uma trégua de 90 dias na guerra comercial. Ela expira em 2 de março.

As reuniões serão realizadas entre a delegação liderada pelo vice-premiê da China, Liu He, e autoridades norte-americanas, como o secretário de Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio, Robert Lighthizer. Em entrevista à Fox Businesse, Mnuchin afirmou esperar progresso nas negociações comerciais entre o país e a China. Ele confirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, vai participar das tratativas. Questionado sobre as tensões envolvendo a chinesa Huawei, que sofreu uma série de acusações criminais do Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) dos EUA, Mnuchin afirmou que o assunto não tem relação com as negociações no âmbito do comércio. "São questões separadas", disse.

Entre as disputas comerciais, os "pontos críticos" são acesso a mercados e transferência tecnológica, acrescentou. Segundo Mnuchin, o interesse do governo é "garantir que as empresas norte-americanas possam competir de forma justa na China". Ele ainda afirmou que a prioridade é buscar um acordo comercial e que nenhuma recomendação sobre as tarifas ao gigante asiático foi feita pela equipe econômica a Trump, mas isso deve ocorrer após as tratativas.

O mercado também quer saber, segundo Ana Luiza, como serão divulgadas as informações sobre comercialização que deixaram de ser veiculadas pelo USDA durante os 35 dias da paralisação parcial do governo norte-americano. Craig Turner, da Daniels Trading, disse à Dow Jones Newswires que fundos de hedge venderam posições em trigo, milho e soja ontem. Até que o USDA confirme que ocorreram vendas de exportação durante a paralisação de 35 dias do governo norte-americano, traders de grãos têm poucas notícias para fundamentar as decisões de investimento, disse Turner.

O Serviço Agrícola para o Exterior (FAS) do USDA ainda não divulgou o cronograma de publicação de dados atrasados de vendas externas dos EUA. Após a trégua comercial do começo de dezembro, o país asiático retomou compras de soja norte-americana. Logo depois, no entanto, teve início a paralisação parcial do governo.

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) disse que vai retomar a publicação dos relatórios de posicionamento de traders na sexta-feira. Os relatórios que não foram divulgados durante a paralisação serão publicados em ordem cronológica - com o relatório de 28 de dezembro sendo publicado na sexta-feira. A partir daí, os relatórios não publicados serão divulgados todas as terças e sextas-feiras, até que a normalização.

A situação da safra na América do Sul também segue no radar. "Nas últimas semanas choveu, melhorou a umidade do solo, mas ainda existem áreas mais secas no centro-norte", disse Ana Luiza. O mercado, segundo a analista, parece estar apostando em novas quedas nas estimativas de safra do País, com o clima seco em janeiro continuando a afetar a produtividade em algumas áreas do Centro-Oeste e Matopiba. Em áreas mais ao sul da América do Sul, é cedo para avaliar o impacto do excesso de chuva.

Enquanto na Argentina o plantio está sendo finalizado e a soja ainda tem desenvolvimento pela frente, no Rio Grande do Sul áreas que registraram alagamentos não são tão significativas na produção total do Estado, segundo Ana Luiza.

Motivação

Se você faz apenas o suficiente para “passar por média”, isso é o que vai acontecer: vai obter resultados na média. Fazer apenas o suficiente significa parar um pouco antes do que realmente deveria ser feito para obter sucessos extraordinários. Na verdade, existe uma diferença mínima entre o suficiente e um pouco mais do que o suficiente.

Qualquer esforço extra, por menor que seja, vai separa-lo do resto. Mesmo o menor valor adicional pode ser a diferença entre ser o numero um, ou mais um na multidão.

Fazer só o suficiente não é o suficiente. Aliás, é um desperdício imenso fazer somente o suficiente, já que um pouquinho mais poderia lhe trazer resultados fantásticos.

Fazer apenas o suficiente vai aprisioná-lo numa vida medíocre, de onde vai ser difícil sair e crescer. Fazer esse mínimo esforço extra, esse pequeno algo a mais: isso é que vai fazer a diferença.

Humor

Após testar por uma semana o novo aparelho auditivo, o velhinho diz ao médico:

- Esse dispositivo está funcionando muito bem, doutor!

- E o que a sua família achou de o senhor voltar a escutar?

- Na verdade, eu ainda não contei para eles, mas já mudei o meu testamento três vezes!

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral