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Defensoria Pública recebe carta de mulheres do MST sobre impactos da silvicultura no Pampa

O documento destaca preocupações relacionadas ao plantio de eucaliptos e seus efeitos no solo, na água e na biodiversidade local

Publicada em 13/03/2025 às 15:56h | Jornalista Jefferson da Silveira da Silva 

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Defensoria Pública recebe carta de mulheres do MST sobre impactos da silvicultura no Pampa
Ato faz parte do calendário de ações da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra  (Foto: Jornal Manchete Digital)


 

 

 

Na tarde desta quinta-feira (13), a defensora pública substituta de Tupanciretã, Michele Salvani Caputti, recebeu um grupo de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que entregaram uma carta abordando os impactos da silvicultura no Bioma Pampa. A reunião ocorreu na sede da Defensoria Pública do Estado e faz parte da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra, realizada em diversas cidades do país. 

 

O documento destaca a preocupações relacionadas ao plantio de eucaliptos e seus efeitos no solo, na água e na biodiversidade local. Entre as principais críticas estão o alto consumo hídrico das árvores exóticas, a degradação do solo, o uso de agrotóxicos e a substituição de áreas de produção de alimentos por monoculturas florestais. As informações estão detalhadas e apresentam gráficos e mapas.

 

A defensora Michele Caputti comprometeu-se a encaminhar a carta para o Núcleo Especializado em Meio Ambiente da Defensoria Pública do Estado, em Porto Alegre, para análise e possíveis encaminhamentos. "Acredito que esse núcleo seja o mais adequado para tratar dessa demanda, e repassarei a questão para a defensora titular de Tupanciretã, que retorna em abril", afirmou. 

 

Grupo realizou uma passeata pela cidade - Foto: JMD.

 

 

Após a entrega da carta, o grupo realizou uma caminhada pelas ruas centrais de Tupanciretã. A mobilização teve início em frente ao Fórum e seguiu pela Rua Antônio Silveira, com bandeiras do MST e do Brasil, cartazes, faixas - com críticas ao agronegócio -, e um carro de som transmitindo mensagens sobre as demandas e posicionamentos do movimento. 

 

 

 

 

Durante a caminhada, os manifestantes distribuíram panfletos alertando sobre os riscos da expansão da silvicultura no Rio Grande do Sul. O material trazia informações sobre os impactos sociais e ambientais dos monocultivos florestais, incluindo:

  • Alto consumo de água, agravando o déficit hídrico do estado;
  • Degradação do solo, redução da fertilidade e aumento da erosão;
  • Uso de agrotóxicos e cultivo de árvores transgênicas;
  • Substituição de áreas de plantio de alimentos por monocultura de árvores;
  • Risco de incêndios florestais, devido à alta combustibilidade das plantações de eucalipto;
  • Redução da biodiversidade e destruição de habitats de espécies nativas;
  • Aumento de acidentes de trânsito, devido ao intenso transporte de madeira nas rodovias.

 

Além disso, o panfleto criticava a Lei Federal nº 14.876/2024, que retirou a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras, permitindo sua expansão sem necessidade de licenciamento ambiental.

 

Mobilização nacional 

A Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra ocorre na semana do Dia Internacional das Mulheres (8 de março) e tem como foco a defesa da reforma agrária e a preservação ambiental. O movimento também denuncia o avanço da silvicultura sobre terras agricultáveis e as mudanças na legislação que favorecem grandes corporações do setor. 

A defensora Michele Caputti reforçou a importância desse contato direto entre a Defensoria e a população. "Foi uma reunião muito tranquila e respeitosa. Esse tipo de diálogo é essencial para que possamos encaminhar as demandas da sociedade", concluiu.

 

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