Durante as inundações, na capital do Estado, sócio de uma casa noturna, e coordenador da Política de Direitos Humanos no governo estadual, Fábulo Rosa, atendeu ao chamado do conterrâneo, Marco Pereira, ambos tupanciretanenses que residem em Porto Alegre. O apartamento dele foi invadido pela água. Além de abrigá-lo em sua residência, ele comenta sobre a situação caótica, e salientou que a falta d’água e interrupção de energia elétrica, dificultam ainda mais a situação em meio ao caos.
Os moradores da capital gaúcha vivem um “cenário de guerra”. A elevação do lago Guaíba, provocada pelo grande volume de chuva registrado na semana passada provoca enchentes e muitos transtornos. De acordo com a prefeitura, o nível do lago atingiu 5,3 metros, superando marcas jamais registradas. Com isso, milhares de pessoas estão sendo retiradas de suas casas.
“Eu moro no Floresta, próximo à Cristovão Colombo, e o Marquinhos mora na Padre Cacique, próximo ao Hospital Mãe de Deus. Lá alagou no sábado já. Eu fui lá resgatar ele. Só deu tempo de pegar uma mochila para uma muda de roupa, a gente ergueu a geladeira, e saímos correndo. A água estava subindo muito rápido”, disse.
Rosa comentou que de sábado (04) já estava sem água e energia elétrica onde reside. Ele ficou hospedado em dois hotéis, mas logo os locais foram evacuados em decorrência da cheia.
“Ficamos num hotel no Centro, mas às 23h, o local também ficou sem água e sem luz. No outro dia, de manhã, no domingo, saímos na busca de outro hotel, conseguimos de última hora na Rua Lima e Silva, bairro Cidade Baixa, ficamos uma noite ali, e, também, foi pedido a evacuação na região. Optamos em retornar para minha casa, pois a água, embora esteja próxima, não atingiu aquele ponto”, relata.
A capital vive um cenário de guerra. Não existe água para venda. Os mercados estão com as prateleiras vazias. Há dois cenários distintos: de um lado o caos, mas em outras regiões ainda há energia elétrica e água racionada. Embora o momento desolador implique em dificuldades, ambos realizam trabalho voluntário.
“A gente tem uma parceria no morro da Cruz. A região não foi afetada com alagamentos, pois são partes altas. Então, tem uma ONG chamada Sorobô do Bem, e A gente acabou lá auxiliando na questão das marmitas, kits de higiene. Eu e o Marquinhos também ajudamos a coordenar a cozinha, são muitas pessoas precisando. Hoje a gente está bem, eu não perdi nada, mas o Marquinhos perdeu tudo. Várias pessoas perderam tudo. É uma cena de guerra”, revela.
O apartamento onde o Marcos reside fica no térreo. E o local foi tomado pela água. Quem quiser apoiar de alguma forma, poderá enviar PIX, de qualquer quantia, para auxiliá-lo. Marquinhos é animador de festas, e conhecido, principalmente no período de Carnaval, quando marca presença com as suas performances.
Chave PIX CPF: 93929269015.
TODOS CONTRA A DENGUE
