A frase “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”, amplamente conhecida e atribuída ao filósofo chinês Confúcio, carrega um significado poderoso. Em minha humilde opinião, ela reflete bem o comportamento humano: somos, em muitos casos, influenciados pelo que vemos e pelo que é amplamente propagado, tornando-se tendência.
Por outro lado, há exemplos que nos levam a refletir profundamente, pois fogem do padrão e do senso comum. Consideremos a JUSTIÇA, frequentemente definida como a virtude de ser justo, ou seja, respeitar os direitos alheios e atribuir a cada um o que lhe é devido.
No entanto, algo chamou minha atenção recentemente: no poderoso Estados Unidos da América, é sabido que os presidentes em exercício possuem a prerrogativa de conceder perdões presidenciais, frequentemente usados para beneficiar filhos, parentes e amigos, isentando-os de responsabilidades perante a justiça.
O caso mais recente envolve o presidente Joe Biden, que concedeu perdão a seu filho, Hunter Biden, livrando-o de uma pena de até 42 anos de prisão. Biden justificou sua decisão como uma resposta às supostas perseguições políticas de seus opositores no Congresso.
Essa prática não é inédita: Donald Trump perdoou seu genro Charles Kushner, e Bill Clinton, seu meio-irmão Roger. Como mero observador, fico perplexo com essa disparidade em relação aos demais cidadãos. Sem discutir as particularidades legais, tais decisões me parecem um grande e negativo exemplo.
"Mas nem tudo são pedras no caminho. Há histórias que nos inspiram e renovam a esperança, mostrando que, com determinação, é possível superar as adversidades."
Um exemplo extraordinário foi dado pelo torneiro mecânico Clécio Mello, de Piracicaba (SP), que participou do programa “Quem Quer Ser Um Milionário”, apresentado por Luciano Huck. O programa, conhecido por suas perguntas difíceis sobre temas variados, raramente entrega o prêmio máximo de um milhão de reais.
Clécio, vindo de uma família humilde, destacou-se não apenas por seu conhecimento, mas por sua trajetória de vida. Criado em meio às dificuldades da roça, recebeu de seu irmão Antônio, quando ainda criança, cadernos e lápis como presentes — um gesto simples que mudou sua vida. Casado com Tânia e pai de Eduardo e Priscila, foi inscrito no programa por sua filha, que sonhava em proporcionar aos pais uma viagem a Roma.
Apesar de ter estudado apenas até o ensino médio, Clécio continuou aprendendo por conta própria e demonstrou calma, controle e domínio em questões complexas. Sua performance cativou o público, mostrando que o aprendizado autodidata pode levar a grandes realizações.
Ele conquistou o prêmio de R$ 500 mil — não chegou ao milhão, mas sua história foi muito além de valores. Clécio representa milhares de brasileiros que, com coragem e determinação, provam que, se podemos sonhar, também podemos realizar.
E você, amigo leitor, que exemplos tem deixado em sua caminhada?
João Cesar Flores
Tupanciretã-RS
TODOS CONTRA A DENGUE