A Tupanciretã que amo

É bela e formosa com 96 anos

Tem o encanto maduro e idade ideal

Na alma a leveza dos que sabem amar

Seus braços são redes para a vida embalar

Regalo, recanto, recosto especial

Para se viver e também sonhar.

Tupanciretã que amo

 Foi sempre guarida de muita gente

Fazendo seus filhos todo o imigrante

Raça e cor, poder e valor

Nunca foi empecilho a passantes e ficantes

Todos sempre bem vindos e amigos

O índio, espanhol, alemão, italiano,

 Guapos gaúchos, maragatos, chimangos

Que neste pago postaram seus ranchos.

Tupanciretã que amo

Das lãs amerinadas e referência das grandes charqueadas

Com tropa na rampa, no pasto do campo e corredores de estradas

Das carretas de boi e trem minuano comendo as horas da madrugada

Da carne no espeto, gado marcado, cachaça na guampa

Café de chaleira, desfiles, novenas, comícios e carreiras

Do jogo de osso, rinha de galo, tiro de laço, festa campeira

Grandes rodeios, futebol de bombacha e arroz carreteiro.

Tupanciretã que amo

Mudou o ciclo, criou nova era, buscou novidades

Cultivou a terra, fez ruas e casas, armazém e silos

Qualificou raças, fez praças e parques

Modificou semente, quebrou regras do convencional

Produzir grãos com fartura e excelência

Hoje é fato normal.

Tupanciretã que amo

Inspirou o coração do doutor Aureliano

Aprendeu fé com o Padre Antônio

Poetizou com Ambrozina Abreu

De todos os tipos, outros tantos artistas

Empenharam amor ao vilarejo de Vila Rica

“Cidade do Interior” que Nilton Rosa musicou e escreveu

Deixando para a história sempre em viva memória

Terra da Mãe de Deus.

“Uma homenagem a nossa querida cidade, que no dia 21 e dezembro, comemora 96 anos de emancipação”

TODOS CONTRA A DENGUE