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Espaço Agrícola

Campo Web do primeiro sábado de setembro (4) fala dos problemas causados pela cigarrinha do milho

Direto de São Miguel das Missões, onde realizava a vistoria de lavouras de milho, José Domingo também teceu comentários sobre a safra do trigo

Publicada em 11/09/2021 às 00:43h

Leonardo Pinto dos Reis - Estudante de Letras


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Campo Web do primeiro sábado de setembro (4) fala dos problemas causados pela cigarrinha do milho
 (Foto: Jornal Manchete Digital)

 

No primeiro Campo Web do mês de setembro, José Domingos conversou diretamente com o público, para explanar sobre um problema que vem afetando a produtividade das lavouras de milho em todo o Brasil: a cigarrinha do milho, praga migratória que ataca mais de uma variedade da planta.

  • "O plantio do milho avançou consideravelmente, dada a condução climática, chegando a 70%, 75% de área de milho semeado. E o grande desafio dessa cultura passa pelo controle da cigarrinha do milho. Na região das Missões, onde o milho já está com 85% de área emergida, muitas lavouras já estão com duas aplicações para controle da cigarrinha. Esse controle vai até o estado vegetativo do milho chamado V8, que leva de 30 a 40 dias”.

Em seguida, José Domingos detalhou as características desse inseto:

  • “A cigarrinha se manifesta desde o ano passado no estado, com o propósito de devastar a produtividade. As áreas de milho vêm crescendo no país: o ‘milho de primeira safra’, aqui no Rio Grande do Sul; o ‘milho safrinha’, no Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins; o ‘milho de terceira safra’, no Nordeste. Então, o hospedeiro principal da cigarrinha passa a estar presente no Brasil o ano inteiro. E essa praga é migratória, que se desloca com as correntes de vento”.

 

A maneira como a cigarrinha ataca a planta do milho também foi explicada pelo engenheiro agrônomo:

  • “A cigarrinha tem por objetivo colocar seus ovos dentro do cartucho do milho, que se tornam o grande problema para a agricultura. Estamos falando dos molicutes, ou ‘pele mole’. Dentro desses molicutes, acontecem o enfezamento vermelho e o enfezamento pardo, que influenciam a planta ao longo do seu desenvolvimento, especialmente no seu espigamento: a planta tende a cair, ou então, quando isso não acontece, há a tendência de grande diminuição do tamanho da espiga, afetando a produtividade. O efeito do molicute inibe aquilo que é feito de melhor para o desenvolvimento do milho, e que também requer muito investimento, como é o caso do nitrogênio. A planta não consegue deslocar seus nutrientes”.

 

 

 

 

O problema da cigarrinha tem, inclusive, desmotivado alguns protagonistas do mundo agro:

  • “Temos casos de produtores que já desistiram de semear o milho depois de comprada a semente. Vemos o preço do cereal melhorando no país, e muito disso se deve à cigarrinha do milho. Pois é sabido, já de antemão, que a safra terá quebra de produtividade”.

 

 

Além disso, a dificuldade na produção do milho pode afetar outras produções, especialmente a de animais para abate:

  • “O milho possui uma cadeia extensa, e já entendemos que, lá na frente, o nosso principal cliente, o consumidor, terá um custo maior para saborear um galeto, um suíno e diversos pratos produzidos com a cadeia do milho. Fala-se de R$ 90 o saco do milho no futuro, com possibilidade de crescimento de preço. Mas o equilíbrio do preço precisa acontecer, para que os suinocultores e produtores de frango também possam se desenvolver”.

 

O controle da cigarrinha está em fase de estudo, (o próprio José Domingos estava em São Miguel das Missões observando o comportamento dessa praga agrícola) pois as técnicas atuais não tem se mostrado efetivas o suficiente:

  • “Esse ano será um ano cobaia, onde estudaremos bastante a cultura. Sabemos que o modelo com que trabalhamos não é o mais eficiente, mas também sabemos que a principal maneira de conseguir a sustentabilidade é tendo híbridos que sejam mais resistentes à cigarrinha”.

 

 

CULTURA DO TRIGO

A atual condição das plantações de trigo também fo lembrada por José Domingos:

  • "A Lavoura de trigo, pós-chuva, melhorou um pouco. Mas não temos condições de dizer que não existe quebra. Ficamos com os trigos, por 32 dias, trabalhando com condições climáticas adversas (muito frio e pouca chuva): os trigos não se desenvolveram e nós estamos observando. Podemos dizer que a maioria está em processo de alongamento ou espigando. Já se pode dizer que de 20% a 25% da capacidade produtiva inicial já não existe mais, principalmente pelas questões climáticas e ambientais, de não aproveitamento, ao máximo, do nitrogênio".










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