A reportagem do Jornal Manchete Digital foi procurada por uma das filhas de senhora, de 79 anos, moradora do Quadro do Frigorífico, que teve atestado de óbito também registrado por infecção de coronavírus como uma das causas da morte, no dia 18 do mês passado, mas não aparece na contagem oficial do município.
Os casos de óbitos de covid-19 seguem em alta em Tupanciretã, conforme dados oficiais, divulgados no último boletim epidemiológico do dia 02 de março, a capital gaúcha da soja contabiliza 12 óbitos, mas aguarda nova edição para acrescentar os dados de hoje, dia 3, que terá no mínimo o aumento de mais um tupanciretanense que perdeu a vida nas últimas horas.
Na noite de ontem, o JM DIGITAL publicou sobre o alto índice de mortes das últimas horas, até o momento eram quatro mulheres e um homem que perderam a vida no período. A matéria chamou a atenção de Viviane Ramos, uma das recuperadas pela doença, mas acabou perdendo a mãe, no Hospital de Caridade Brazilina Terra (HCBT), no dia 18 de fevereiro, tendo como causas da morte, conforme Certidão de Óbito: acidente vascular isquêmico cerebral e infeção por coronavírus.
Conforme Viviane, a mãe não apareceu no relatório diário divulgado pela Prefeitura de Tupanciretã.
“A minha mãe faleceu por covid-19, eu vi tua matéria ontem, estávamos esperando atualizar o óbito dela. Pensamos que não saia devido ao atraso na emissão da Certidão de Óbito, mas percebi que não”, disse.
A filha conta ainda que quando a mãe precisou de tratamento não estava infectada pelo vírus.
“A mãe deu entrada após um AVC, e no dia do óbito, por orientação do médico, foi realizado um teste, que comprova a infecção, inclusive valendo para o médico emitir o laudo”, explicou.
Conforme aviso divulgado pela funerária responsável pelos atos fúnebres, nas redes sociais, consta a orientação de o enterro ter ocorrido sem velório, situação indicada para as vítimas do novo coronavírus, que são sepultadas sem a tradicional despedia de amigos e familiares.
Imagem enviada via WhatsApp, e editada pelo JM Digital.
O documento enviado à redação nesta tarde, foi encaminhado ao setor responsável do município, que prometeu agilidade na análise e uma reposta o mais breve possível sobre o fato. Caso se confirme, este poderia ser o primeiro óbito de fato ocorrido no HCBT e o cálculo passaria a 14, até o momento. A reportagem aguarda posição final.
