Durante sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, o vereador Claudiomiro dos Santos (PT) manifestou insatisfação com a diferença salarial entre secretários municipais e vereadores. A declaração ocorreu durante a votação do Projeto de Lei Complementar nº 17/2025, de 27 de janeiro de 2025, de autoria do Executivo, que concede a revisão geral anual (reposição inflacionária) aos subsídios dos secretários municipais.
Claudiomiro classificou como um erro a decisão da Câmara de aprovar um salário de R$ 11 mil para os secretários, enquanto os vereadores recebem menos da metade desse valor. "No mínimo, tem que ser igual. Deveria ser igual. Um erro gravíssimo que esta casa cometeu foi aprovar que um secretário ganhe R$ 11 mil. E os vereadores, que têm uma luta árdua, que representam a democracia, representam o Legislativo, que têm um cotidiano nas bases do interior e na cidade, que representam as bases do mais pobre, do trabalhador, daquele funcionário público, enfim, que têm que estar no dia a dia, que estão aqui, com muito mais responsabilidade no ponto de vista com as pessoas, ganham metade de um salário, menos da metade do que um secretário—um erro que cometeram", declarou.
O parlamentar também questionou a carga horária dos secretários, que, segundo ele, deveria ser de oito horas diárias, mas atualmente é de seis horas. Além disso, criticou o reajuste de aproximadamente R$ 520,00 concedido aos secretários pelo projeto, apontando que servidores concursados recebem aumentos menores.
“Enquanto aquele trabalhador que está no dia a dia, que fez concurso público, que não foi indicado, ganha um mínimo, o secretário recebe um reajuste considerável. Isso não é justo”, afirmou.
Claudiomiro defendeu que o tema seja amplamente debatido na Câmara, argumentando que a discussão deve ir além das divisões entre situação e oposição e considerar o impacto das decisões para a população.
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