Funcionários de uma empresa local protestaram na manhã deste sábado, 28 de junho, em frente ao prédio da Hertal Torno, localizado na rua General Portinho, 505, no Centro de Tupanciretã. O grupo cobra explicações e o cumprimento de direitos trabalhistas após o encerramento das atividades da empresa sem qualquer aviso formal.
Com cartazes e de forma pacífica, os trabalhadores denunciaram que foram colocados em férias coletivas, mas ao retornarem ao trabalho, no dia 9 de junho, encontraram o prédio vazio e os portões trancados.
Há nove anos na empresa, Claudionir Borges Marques, de 40 anos, afirma que os trabalhadores foram abandonados.
“Estamos assim desde o dia 26 do mês passado. Simplesmente largaram nós de férias coletivas e sumiram do mapa, carregaram todas as coisas da firma. Deixaram sete famílias a nada, e estamos apelando à Justiça para conseguir alguma coisa. Os nossos direitos precisam ser cumpridos pela lei trabalhista”, declarou.
Ele relata que uma proposta foi apresentada aos ex-funcionários: alguns aceitaram formalizar a desvinculação na Carteira de Trabalho, mas outros recusaram, alegando que a quitação dos débitos não segue o que determina a legislação. Segundo Claudionir, além da rescisão, um mês de salário também estaria em atraso.
“Isso não existe. Na lei trabalhista ele tem que pagar todos os direitos do funcionário”, enfatizou.
Jair Farias, de 50 anos, também esteve presente no protesto e descreveu o momento em que os funcionários retornaram do período de férias.
“Chegamos para trabalhar e não tinha nada dentro da firma. Estamos sem saber o que fazer. Tudo fechado. A gente tenta ligar, mandar mensagens e ele não responde”, contou.
Outro ex-funcionário, Patrick Coutinho, de 32 anos, apontou que a situação impacta diretamente na possibilidade de conseguir um novo emprego formal.
“Estou trabalhando ‘frio’, porque ele simplesmente sumiu. Não consigo registrar outro trabalho com a carteira ativa”, explicou.
A equipe do Jornal Manchete Digital tentou contato com o responsável pela empresa, mas não obteve retorno. O JMD segue à disposição para manifestações dos envolvidos. O grupo de trabalhadores informou que já conta com apoio jurídico.
TODOS CONTRA A DENGUE