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Tupanciretã

Papel da imprensa na emancipação política de Tupanciretã

Publicada em 21/12/19 às 12:18h

Jefferson Silveira Silva


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Papel da imprensa na emancipação política de Tupanciretã
Acervo municipal - Museu de Tupanciretã. 'O GAUCHO'  (Foto: JM Digital )

Neste sábado, dia 21, Tupanciretã comemora 91 anos de emancipação política, a Terra da Mãe Deus fez parte de grandes momentos da história e foi através dos meios de comunicação locais, que a cidade passou a transpirar o desejo de crescimento, desenvolvimento, espírito democrático e municipalização.  

Desde a fundação da Estação Férrea Tupanciretã, em 1894, em plena Guerra Federalista no RS, os moradores tornaram-se mais atentos as informações e notícias, que muitas vezes, eram trazidas pelos trilhos, como ofícios, despachos, decretos... Assim, os primeiros habitantes ficavam informados, principalmente sobre as decisões de cunho político. 


Uma década depois, a necessidade de criação de um jornal local, com a cara de Tupanciretã, com identidade missioneira e necessidade de contar nossas façanhas, assim, nasceu, ‘O TUPANCIRETAN’, primeiro veículo de imprensa local, o ano era 1903, do dia 17 de agosto.

 

O primeiro veículo de comunicação

 

O pioneiro órgão de imprensa tinha como responsável Dr. Vaz Ferreira, Perí Melo era o secretário que mais tarde veio a óbito, num acidente aéreo no Rio de Janeiro, na Escola Militar do Realengo.

Vaz Ferreira buscou a evolução do povoado, em suas pessoais e editoriais, traduzia a necessidade do povo e, os interesses daquele pequeno vilarejo pertencente a Vila Rica ( Júlio de Castilhos) e Cruz Alta  onde jornal era impresso com a colaboração de outros profissionais de imprensa. E, dessa busca, surgia uma das mais importantes edições, datado em 23 de novembro, as colunas do jornal passaram a traduzir os interesses de desenvolvimento e organização econômica. Esta foi uma importante etapa de nossa história, pois se trata de um período de organização social. Época de muitas conquistas, como a Agência Postal Telegráfica.

Dos jornais do passado, hoje inexistentes, saíram importantes fragmentos históricos, denúncias e exaltação ao nosso povo, e principalmente o desejo de mudanças e de liberdade democrática.

Emancipação Política através da imprensa

 

Ao passar dos anos a sociedade foi crescendo, a indústria local ganhava força e os tributos aqui conquistados, principalmente da pecuária, não eram aplicados de forma correta, apesar de a economia pujante, a vida não era fácil na Terra da Mãe de Deus, a infra-estrutura não parecia à altura do lugar e dos homens que aqui habitavam.

Mais uma vez, um veículo de comunicação vai contribuir para o progresso da Vila. Ainda, sob influência de uma fase progressista, surgia ‘ O Gaúcho’ com direção de Ernesto Aquino e redação dos Drs. Martins Palhano, Mario Beck e Manoelito de Ornellas que em seu livro Tupanciretan, escreveu: “Ainda como reflexo dessa fase progressista que dealbou para Tupanciretan, a 16 de maio de 1926 surgia á luz do publismo O Gaúcho...”

 

Este jornal marcava uma transformação na vida da imprensa da Terra da Mãe Deus, pois era impresso no município e tinha como principal papel propagar a necessidade de emancipação a todo Brasil. Sob tom critico traduzia o sentimento e o desejo de mudanças sociais.

Assim iniciou-se uma nova fase,  o assunto mais tratado nas ruas e velhos casarões não poderia ser diferente, a campanha pró-vilamento  e por consequência a emancipação político administrativa. 

De uma reunião realizada por comerciantes em 27 de junho de 1926, no Clube Comercial surgiam os primeiros rumores de emancipação. E, do jornal O Gaúcho adveio a propagação de uma campanha que buscava alardear os desejos da comunidade do vilarejo que há tempo ganhava cada vez  mais notoriedade no cenário estadual, mas seguia explorado e sem investimentos.

“Democracia, porque, em todos os tempos foi sempre a imprensa o paladino dos sentimentos do povo, o espelho que se refletem as necessidades de cada um...”   Esse é apenas um fragmento de um dos textos mais importantes de nossa imprensa, publicado em ‘ O Gaúcho’ em sua primeira edição.

Após um ano de campanha assídua a edição de ‘O Gaúcho' de 17 de abril de 1927, trazia a seguinte manchete:  "A emancipação de Novo Hamburgo e de Tupanciretan.” Embora, o vilamento ( emancipação) de Novo Hamburgo tenha sido anterior, a necessidade da comunidade que aqui habitava era semelhante, aquele momento político serviria de inspiração e oportunidade para reascender o dejeto de independência.

Após sucessivos artigos, a imprensa estadual passou a colaborar com o propósito, tendo o conteúdo de nosso jornal libertador como referência e seguidamente publicavam artigos, notas e crônicas procedentes de nossa comunidade. Assim, a campanha de emancipação passou a ganhar importantes reforços, como os jornais, Sul Brasil e Diário do Interior ambos de Santa Maria, Correio do Povo e Diário de Notícias de Porto Alegre, entre outros.

Então, nossa causa foi colocada em destaque e a pressão da opinião pública transbordava em desejo de liberdade. O Gaúcho foi o meio de comunicação que elevou o espírito de liberdade e união que o povo necessitava para com força e vigor conquistar seu maior objetivo.

O Gaúcho teve papel fundamental na mudança e entusiasmo da comunidade, que, com pouco mais de 3 mil habitantes tirou desse meio de comunicação a inspiração para buscar a emancipação polícia, que veio em 21 de dezembro de 1928, mas antes, todo o processo e solenidade, inclusive à chegada de Pedro Osório ao município, tudo está documentado e guardado nas linhas de ‘ O Gaúcho’.

Em edição especial O Gaúcho saudava o povo desta terra.

“ No momento em que Tupanciretan, radiante de alegria e vibrante de entusiasmo à realização do seu grande ideal: a Emancipação , ‘ O Gaúcho’ orgulhoso de seu passado de apostolado e luta pela MAGNA CAUSA DA NOSSA TERRA, saúda na auspiciosa hora presente o povo laborioso e progressista no novo Município, certo de seu futuro de trabalho, de grandeza e de paz.

Tupanciretanense! Pelos gloriosos destinos desta terra, apertemo-nos as mãos em gesto fraternal e amigo, que simbolize o nosso desejo de progresso e felicidade coletiva. “TUDO PELA TERRA QUERIDA DE TUPANCIRETAN”.

 

 

 

Outros jornais impressos dos primeiros anos de Tupã-RS, anterior a data de emancipação.  

 

A imprensa é índice de prosperidade e, sobretudo prova de elevação intelectual e moral de um povo. Tupanciretã desde seus primeiros passos teve seus jornais.

23 de Agosto

Fundado em 23 de agosto de 1905, sob direção de Antenor de Morais foi o primeiro veículo a ganhar destaque na Região Serrana.

O Futuro

Inaugurado em 30 de março de 1911, obedecendo á orientação de Francisco Gomes Soares e gerência de Napoleão Niderauer. Teve larga repercussão nos municípios vizinhos.

O Lutador

Lançado em 8 de fevereiro de 1914, tendo como diretor Alfredo Dellaglio e na gerência, o ilustre RAUL BOOP e redator Aristóles Cunha

Mignon

Mais uma vez o nome de Raul Bopp é relacionado, desta vez responsável pela redação do jornal que teve apenas nove edições. Fundado em 20 de fevereiro de 1916.

A Semana

Em 11 de março de 1917 sob direção de Wandenkolk Correia surgia ‘ A Semana’, tom crítico e humorístico.


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Fonte: 'Tupanciretan' -  Manoelito de Ornelas. 










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