Mobilizados por soluções para a crise no campo, produtores rurais do Rio Grande do Sul seguem promovendo protestos para pressionar o governo federal a atender às demandas da categoria, duramente impactada por eventos climáticos extremos nos últimos anos.
Nesta sexta-feira, 23 de maio, cerca de 300 agricultores da região se reuniram às margens da BR-158, em Júlio de Castilhos. Com tratores, implementos e faixas, o grupo organizou bloqueios intermitentes na rodovia — o trânsito foi interrompido por 15 minutos e liberado no mesmo intervalo.
Foto: Carla Clos - Movimento bloqueia BR-158.
Além dos agricultores, o ato teve adesão de lideranças políticas e entidades do setor, além de mais da metade do comércio local. Segundo os organizadores, o movimento já reúne integrantes de pelo menos 60 municípios gaúchos.
Durante a manifestação, os produtores distribuíram panfletos com informações sobre as dificuldades enfrentadas e as reivindicações do setor. “Hoje estamos aqui na rodovia buscando um direito. O Rio Grande do Sul sofreu com intempéries que não são culpa nossa, e precisamos do auxílio do governo federal. Somos praticamente os precursores da agricultura brasileira”, destacou Irineu Hort, presidente da AproSoja-RS.
Entre as principais demandas estão a securitização das dívidas agrícolas e ou a prorrogação por até quatro anos dos débitos rurais. A securitização prevê a transformação das dívidas bancárias em títulos públicos de longo prazo, com condições facilitadas. Já a proposta de prorrogação busca adiar os pagamentos por até quatro anos, com carência inicial. Até o momento, nenhuma das duas medidas avançou no Congresso ou junto à equipe econômica do governo.
TODOS CONTRA A DENGUE
